Feriado Municipal - 23 de Abril Área - 212.119 Km2
Município situado na ilha de São Jorge
Municipality located in São Jorge island
Freguesias - Civil parishes
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Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica e Genealogia da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 02/05/1966
Estabelecida pela Comissão Administrativa Municipal, em
18/05/1960
Aprovado pelo Ministro do Interior em 11/06/1970
Portaria do
Ministério do Interior de 20/07/1972,
publicada no Diário do Governo n.º 174, 2.ª Série de
27/07/1972
Armas - De azul, uma caravela de negro realçada de ouro, vestida de prata e encordoada de ouro, tendo as velas carregadas de cruzes de Cristo, vogante sobre três faixetas ondadas de prata e verde. Chefe de ouro, carregado de um açor estendido de vermelho flanqueado por duas quinas; coroa mural de prata; listel branco com os dizeres «Velas», de negro.*
Baseado no desenho original de Luís Ferros
Bandeira - Esquartelada de amarelo e negro, cordões e borlas de ouro e negro. Haste e lança douradas.*
*Informação gentilmente cedida pela Câmara Municipal de Velas
Transcrição do parecer
Parecer de 2 de Maio de 1966, da Comissão de Heráldica e Genealogia da A. A. P. acerca do brasão de armas, selo e bandeira do Concelho das Velas, Açores.
Ao estudar-se o assunto, esta Comissão foi de opinião que o Parecer emitido em 30 de Outubro de 1937, e firmado por Affonso de Dornellas, deveria ser alterado; assim considera que o brasão de armas do Concelho de Velas deverá ser como se segue:
De azul, uma caravela de negro realçada de ouro, vestida de prata e encordoada de ouro, tendo as velas carregadas de cruzes de Cristo, vogante sobre três faixetas ondadas de prata e verde. Chefe de ouro, carregado de um açor estendido de vermelho flanqueado por duas quinas; coroa mural de prata; listel branco com os dizeres “VELAS”, de negro.
A bandeira: esquartelada de amarelo e negro, cordões e borlas de ouro e negro; haste e lança douradas.
Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta dentro de círculos concêntricos, os dizeres: “Câmara Municipal de Velas”.
O Presidente da Comissão de Heráldica e Genealogia
a) Marquês de São Payo
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: ÁVILA, João Gabriel de, «O Paço Municipal das Velas (Monografia)», in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, Vol. XLIII, Tomo II, Angra do Heroísmo, 1985, pp. 367-372; arquivo da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
Proposta de ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de
30/10/1937
Não adoptada pelo município
Armas - De negro, com uma caravela de vermelho, mastreada e encordoada de ouro e vestida de prata, tendo as velas carregadas de cruzes de Cristo. A caravela vogando num mar de três faixas ondadas, duas de prata e uma de verde. Em chefe um açor de sua cor, voando, tendo nas garras um escudete das quinas. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila das Velas», de negro.
Bandeira - Esquartelada de branco e de vermelho. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança douradas.
Transcrição do parecer
[Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 30 de Outubro de 1937.]
A direcção Geral de Administração Política e Civil do Ministério do Interior enviou á Associação dos Arqueólogos Portugueses os elementos apresentados pela Câmara Municipal das Velas, para ser elaborado o respectivo parecer sobre as suas armas, bandeira e selo.
Por estes elementos verifica-se que a Câmara Municipal tem empregado como seu emblema o mesmo que é atribuido á Ilha Terceira e que consta de uma Cruz de Cristo tendo dois açores afrontados, acompanhando o pé da cruz.
Estas armas não simbolizam a vida, a história ou a importância da Vila das Velas.
Nos referidos elementos vem uma transcrição do livro "Ilha de São Jorge" da autoria de José Cândido da Silveira Avelar, que, por ser curiosa e por bem demonstar como se tem compreendido a heráldica de domínio, vou transcrever, na parte que se refere ás armas e selo da Câmara Municipal das Velas.
"- Um jorgense, João Soares de Albergaria, muito inteligente, ilustrado e grande liberal, que por esta ultima qualidade lhe rendeu ter estado preso em Elvas, quando da guerra civil, D. Pedro e D. Miguel, mandou para a redacção do Jorgense, primeiro jornal que se publicou nesta ilha, em 1871, a minuta dum requerimento dirigido á Rainha Senhora Dona Maria Segunda solicitando-lhe a mercê de a Vila das Vélas ser condecorada pelo acto de mil oitocentos e vinte e oito a pró Governo legitimo e Carta Constitucional, concedendo-lhe a graça de um brasão de cota de Armas em escudo de prata: Cruz da Ordem de Cristo com um perfil azul, e em bordadura os sete escudinhos das Quinas Reaes; Timbre um Cavaleiro, emblema do seu padroeiro S. Jorge. Graça esta que por feitos de fidelidade ao trôno e carta se tem dignado conferir a outras localidades que ilustraram seus nomes na causa da Pátria."
Fiz esta transcrição simplesmente para dizer que o Sr. João Soares de Albergaria não procurou nestas armas salientar os valores regionais da Vila das Velas, apenas procurou ligar o seu apelido " Soares de Albergaria" ás armas de domínio da mesma vila.
As armas da família Soares de Albergaria são as seguintes:
- De prata, com uma cruz florênciada e vazia de vermelho e em bordadura oito escudetes das quinas de Portugal. Timbre, um dragão de vermelho, com uma cruz de prata sobre o peito.
Aqui fica a prova de que se a proposta do Sr. João Soares de Albergaria fosse coroada de exito, a Vila das Velas ficaria com umas armas de domínio baseadas nas armas de sua família.
Não é, porém, necessário isso, pois a Vila das Velas tem elementos suficientes para ordenar as suas armas, sem usurpar as armas seja de quem for. Construiu caravelas, tem várias indústrias e, pela importância do seu porto ali foram sempre muitas embarcações. É também muito fértil.
Aproveitando estes elementos, propomos que as suas armas, bandeira e selo tenham a seguinte ordenação:
ARMAS – De negro, com uma caravela de vermelho, mastreada e encordoada de ouro e vestida de prata, tendo as velas carregadas de cruzes de Cristo. A caravela vogando num mar de três faixas ondadas, duas de prata e uma de verde. Em chefe um açor de sua cor, voando, tendo nas garras um escudete das quinas. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila das Velas», de negro. -
BANDEIRA – Esquartelada de branco e de vermelho. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança douradas. -
SELO – Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal das Velas».
Como peça principal das armas, a caravela é de vermelho e vestida de prata, a bandeira é branca (que corresponde à prata) e vermelha. Quando destinada a cortejos ou outras cerimónias, a bandeira é bordada em seda e terá a área de um metro quadrado. Quando é para arvorar, é de filel e terá as dimensões que se julgarem necessárias, podendo neste caso dispensar as armas.
O negro indicado para o campo, é o esmalte que na heráldica simboliza a terra e significa firmeza e honestidade, representando aqui a fertilidade da terra.
A caravela é de vermelho por ser o esmalte que representa a energia, a força, a actividade.
As velas e o mar são de prata, metal que simboliza nobreza, fidelidade, poder e liberdade.
O mar está representado na faixa verde, esmalte que significa fé e esperança.
A quina das armas nacionais é de azul, esmalte que denota zelo, lealdade e caridade.
Está estabelecido que as armas de domínio dos Açores tenham sempre um açor com uma das quinas de Portugal.
Com estas peças e estes esmaltes ficam bem representados os valores regionais e a índole dos seus naturais.
No caso da Câmara Municipal das Velas concordar com este parecer, deverá transcrever na acta a descrição detalhada das armas, bandeira e selo e enviar ao Sr. Governador Civil do Distrito uma cópia autenticada da mesma acta, juntamente com os desenhos rigorosamente feitos da bandeira e do selo, pedindo-lhe para remeter esses elementos à Direcção Geral de Administração Política e Civil do Ministério do Interior, para, se o Sr. Ministro concordar, ser publicada a respectiva portaria.
Sintra, Outubro de 1937.
Affonso de Dornellas
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: arquivo da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses.
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