Parecer aprovado em sessão de 23 de Janeiro de 1947, pela Comissão de Heráldica e Genealogia da Associação dos Arqueólogos Portugueses.

Não tem a vila de Lajes das Flores facto algum histórico assinalável que se ofereça para motivo do seu brasão de armas. Teremos, por isso, de recorrer às circunstâncias locais agrícolas, que são a sua fonte principal de produção. Propomos, portanto, que nele se inclua uma vaca turina, alusiva à sua produção de lacticínios, e duas flores de hortênsia, alusivas ao seu nome e à flora ornamental predominante na ilha e no arquipélago dos Açores.

O brasão de armas, bandeira e selo poderão, pois, ser constituídos da seguinte forma:

ARMAS - De vermelho, com uma vaca de prata malhada de negro, coleirada e chocalhada de ouro, sobre terreiro verde, acompanhada de duas flores de hortênsia de sua cor, folhadas de verde. Em chefe, açor de negro realçado de ouro, voante, segurando nas garras uma quina de Portugal. Em contrachefe, um mar ondado de três faixas de prata e de verde.

BANDEIRA - Esquartelada de branco e de azul, tendo ao centro o escudo das armas encimado por coroa mural de prata de quatro torres e listel branco com os dizeres a negro LAJES DAS FLORES. Haste e lança douradas. Cordões e borlas de prata e de azul.

SELO - Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres CÂMARA MUNICIPAL DE LAJES DAS FLORES.

Pel’O Presidente da Comissão

(Texto adaptado à grafia actual)

Fonte: Processo do Município de Lages das Flores (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/CH/LGF/UI0001/00006).