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Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o
parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 30/10/1937
Aprovado pelo Ministro do Interior em
17/06/1938
Portaria n.º 9017, do Ministério do
Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 138, 1.ª Série de
17/06/1938
Armas - De azul, com faixa de prata com um açafate de vermelho com flores das suas cores. Em chefe, duas palmas de ouro cruzadas em aspa. Em contra-chefe, quatro espigas de trigo de ouro atadas em ponta de vermelho, acompanhando uma romã da sua cor, aberta de vermelho e sustida e folhada de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com os dizeres "Vila de Condeixa-a-Nova" de negro.


Bandeira - Esquartelada de amarelo e de vermelho. Cordões e borlas de ouro e de vermelho. Haste e lança douradas.

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Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas a Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 30 de Outubro de 1937.
Cumprindo o estabelecido na circular de Ministério do Interior de 14 de Abril de 1930, expedida pela Direcção Geral de Administração Politica e Civil, a Câmara Municipal de Condeixa a Nova elaborou uma noticia referente a vida, é história e aos valores económicos do Concelho, que muito auxiliaram o estudo sobre as armas, bandeira e selo da mesma Vila.
A Câmara Municipal de Lisboa, em 1885, planeou a publicação de uma obra sobre a heráldica municipal, pelo que enviou uma circular nesse sentido a todas as Câmaras do País.
De Condeixa, o Vereador servindo interinamente de Presidente, António de Campos Mello, respondeu em 20 de Outubro de 1855: que esta Câmara nenhum brasão de Armas tem porquanto sendo um Concelho nascente que data de 1839, ainda nenhuma Câmara transacta tratou nem solicitou tal objecto. -
Os elementos colhidos pela Câmara Municipal de Lisboa, foram aproveitados por Inácio Vilhena Barbosa, que publicou uma obra em três volumes, denominada "As Cidade e Villas da Monarchia Portugueza que teem brasão d'Armas" Lisboa 1860.
Não traz esta obra qualquer referência às armas adoptadas por Condeixa, razão para fazer crer que o açafate de flores foi considerado como símbolo de Condeixa já depois de 1860.
Na região de Condeixa existe água por todos os lados; mesmo dentro da Vila passa uma ribeira afluente do Rio dos Mouros. É duma fertilidade considerável, sendo enorme a produção é exportação de cereais, vinho, azeite e frutos.
Em 1811 foi a Vila de Condeixa martirizada pela passagem dos invasores franceses, que incendiaram os principais edifícios em número superior a cinquenta. Na retirada de Torres Vedras, pernoitaram os franceses, de 13 para 14 de Março, dentro do concelho, nas povoações de Alcabideque e Casal Novo, dando-se aqui o combate de 14, em que o nosso exército continuou a persegui-los.
Falámos da fundação da nacionalidade para cá, porque, anteriormente, foi a mesma região povoada por várias civilizações, tornando principalmente Condeixa a Velha, um notável museu de arqueologia artística.
Com os elementos acima, somos de parecer que as armas, bandeira e selo desta Vila sejam ordenadas da seguinte maneira:
ARMAS - De Azul, com uma faxa de prata com um açafate de vermelho com flores de suas cores. Em chefe, duas palmas de ouro cruzadas em aspa. Em contrachefe, quatro espigas de trigo de ouro atadas em ponta de vermelho, acompanhando uma romã de sua cor, aberta de vermelho e sustida e folhada de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com os dizeres "Vila de Condeixa a Nova" de negro.
BANDEIRA - Esquartelada de amarelo e de vermelho. Cordões e borlas de ouro e de vermelho. Haste e lança douradas. -
SELO: Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres "Câmara Municipal de Condeixa a Nova". -
Como o metal e o esmalte principais nas armas são o ouro e o vermelho, a bandeira é esquartelada de amarelo (que corresponde ao ouro) e de vermelho. Quando destinada a cortejos ou outras cerimónias, a bandeira é de seda e bordada e terá a área de um metro quadrado. Quando se destina a ser arvorada, é de filel e terá as dimensões apropriadas, podendo neste caso dispensar a representação das armas.
O azul indicado para o campo das armas, é o esmalte que na heráldica significa zelo, lealdade e caridade.
A faxa é de prata, metal que denota humildade e riqueza.
O vermelho do açafate é o esmalte que significa força, vida, energia e actividade. As flores representando as belezas naturais da região e a grande quantidade de flores que existem por toda a parte, são de suas cores.
As palmas representativas dos sacrifícios que a Vila sofreu com a invasão francesa, são de ouro por ser este o metal que significa fé, fidelidade e liberalidade.
As espigas, representativas da riqueza agrícola regional, são do mesmo metal, atadas de vermelho.
Para Romã, representando heraldicamente abundância de fruta, é da sua cor, aberta de vermelho e sustida e folhada de ouro, esmalte cuja significação já se descreveu.
E assim, com estas peças e estes esmaltes, parece ficar bem representada a história e riquezas da região assim como a índole dos seus naturais.
Se a Câmara Municipal de Condeixa a Nova concordar com este parecer, deverá transcrever na acta a descrição detalhada das armas, bandeira e selo e enviar ao Sr. Governador Civil uma cópia autenticada dessa acta, juntamente com os desenhos rigorosos da bandeira e do selo, pedindo-lhe para remeter esses elementos a Direcção Geral de Administração Politica e Civil do Ministério do Interior, para, no caso do Sr. Ministro concordar, ser publicada a respectiva portaria.
Sintra, Setembro de 1937.

Affonso de Dornellas
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: Processo do Município de Condeixa-A-Nova (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/CH/CDN/UI0010/00102).
Ligação para a página oficial do município de Condeixa-a-Nova

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