Feriado Municipal - Segunda-feira após o Domingo de Páscoa Área - 279 Km2

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Ordenação heráldica do brasão e bandeira

Segundo o parecer da Secção de Heráldica e Genealogiada Associação dos Arqueólogos Portugueses de 24/06/1932
Aprovado pelo Ministro do Interior em 02/01/1933
Portaria n.º 7492, do Ministério do Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 1, 1.ª Série de 02/01/1933

Armas - De azul, com duas setas de ouro cruzadas em aspa, atadas de vermelho e acompanhadas de quatro abelhas de ouro. Contra-chefe ondado de prata e azul. Coroa mural de torres de prata. Listel branco com letras pretas.

Brasão do município de Sousel - Sousel municipality coat-of-arms

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Bandeira - Amarela, cordões, borlas, haste e lança de ouro.

Bandeira e estandarte do município de Sousel - Sousel Municipality flag and banner

Bandeira (2x3)      Estandarte (1X1)

Divisor Portalegre - Portalegre Divider

Transcrição do parecer

Parecer apresentado por Affonso de Dornellas a secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 20 de Junho de 1932.

Desejando a Vila de Sousel que lhe fosse estudado o selo e, por conseguinte, as armas e a bandeira, troquei com a respectiva Câmara Municipal, a correspondência necessária para colher os elementos indispensáveis para poder ser formulado o parecer.

Sendo para considerar o conteúdo da carta da mesma Câmara, nº 131 de 3 de Julho de 1930, vou deixar aqui a sua transcrição:

- Em resposta ao oficio de V. Exª de 30 de Junho próximo findo, que agradeço, cumpre-me informar o seguinte: Existe nesta Vila um pelourinho sem escultura alguma; a vila continua a ter dois ribeiros, denominados "Ribeiro do Canto" e "Ribeiro das Mulheres", os quais conservam sempre água, Não há nesta região caça grossa de espécie alguma; existem muitos colmeais e portanto a indústria do mel; a cera é vendida para as fábricas aos compradores que percorrem esta região durante a ocasião da colheita: produz frutos e cereais de todas as qualidades, legumes, azeite e vinho; existiu um castelo que foi demolido em 1911, não existindo actualmente qualquer brasão ou inscrição que se refira ao facto de Nuno Alvares ter sido de facto o fundador da povoação, mas sim o Monumento Nacional: Igreja da Virgem Maria d'Orada, reedificada por D. Nuno Alvares Pereira, onde existe um quadro histórico, admirando-se valiosíssimos e antigos azulejos, com assuntos da História Sagrada e algumas fases da batalha dos Atoleiros, ganha por D. Nuno Alvares Pereira aos Castelhanos; com referência á imagem de são Sebastião, consta que, tendo havido nesta Vila em tempos remotos uma grande epidemia, o povo recorreu a São Sebastião e em acção de graças a Câmara Municipal e todos os seus oficiais (é o termo) promoveram-lhe uma grande festividade, puseram-se ao abrigo da sua protecção e adoptaram a sua imagem como armas da Câmara, que se encontra em relevo no tecto da Sala das Sessõев, е по selo branco. É quanto se me oferece dizer a V. Exª. - O Presidente da Comissão Administrativa (a) ...................

Era da maior urgência uma solução para este assunto, segundo me foi afirmado pessoalmente, pelo que, em 19 de Julho de 1930, escrevi de Sintra o seguinte:

- Ex.mo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Sousel - Em resposta a carta de V. Exª de 3 do corrente, venho dizer que, estudando a vida dessa antiga Vila e tomando em consideração os apreciáveis elementos da sua referida carta, parece-me que se poderá organizar o selo de Sousel, aproveitando a circunstância especial da área do domínio da Vila ser cortada por dois ribeiros que lhe passam bem próximo, o que de facto representa uma grande riqueza, principalmente no Alentejo, onde não há fartura de água e ainda aproveitando a indústria do mel e cera, que nos pode dar um interessante elemento, pois as abelhas simbolizam a riqueza e o trabalho. - O facto curioso do povo ter escolhido S. Sebastião para seu protector, chegando a Câmara Municipal a considerar este Santo o seu padroeiro, é razão suficiente para que no respectivo selo e, portanto, nas suas armas e bandeira, se recorde este facto. - A imagem, não aconselho a V.Ex.ª a que continue a ser usada no selo, já porque a heráldica de domínio manda adoptar a representação dos factos históricos e das circunstâncias especiais da vida local, já porque só razões duma grande força poderiam impor o uso da imagem de um santo que não é Português, numas Armas de domínio duma povoação de Portugal. - Por consequência, talvez a aplicação de duas setas das que martirizaram o mesmo santo, seja suficiente para que o facto fique registado nas armas locais. Há outras terras que, também em atenção a S. Sebastião, tem setas nas armas, portanto não é uma nova criação. - Apresento a V. Exª um projecto duma bandeira para a Vila de Sousel e por um próximo correio, enviarei um projecto para o selo, baseado nos mesmos princípios. - Vejamos portanto, dentro da que me parece melhor razão, como deverão ser as Armas e bandeira de Sousel: "De azul, com duas setas de ouro cruzadas em aspa, atadas de vermelho e acompanhadas por quatro abelhas de ouro. - Contrachefe ondado de prata e de azul. - Coroa mural de quatro torres de prata. - Listel branco com letras pretas. - Bandeira amarela. - Cordões, borlas, haste e lança de ouro”. - O azul, em heráldica, representa a lealdade e, em face da história de Sousel, é a cor que a pode representar. - As setas são de ouro, representando este metal a fé e o poder. - As abelhas, representado as riquezas locais, são de ouro por ser o metal mais rico e ficar com esta significação bem representada a rica região de Sousel. - O contrachefe é ondado de prata e azul porque assim são representados os rios. - A coroa mural é de prata e de quatro torres, porque assim está estabelecido que se simbolizem as Vilas. - A bandeira é amarela porque as peças principais das armas são de ouro e este é representado pelo amarelo. - Heraldicamente, está a vida de Sousel representada na bandeira que organizei e apresento a apreciação de V. Exª. - Por falta de tempo, não me foi possível apresentar esta solução a secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos o que tenciono fazer na próxima sessão da mesma Associação. Ficando com muito prazer ao dispor de V. Exª, sou com elevada consideração – Mtº Atº Venerador. (a) Affonso de Dornellas.--------------------------

Muitos outros estudos idênticos me privaram de cumprir o dever de apresentar há mais tempo, á Secção de Heráldica da Associação dos Arqueólogos, o que fiz sobre o assunto, para, no caso de concordar com a deliberação que tomei, aprovar este parecer, satisfazendo assim ao determinado pelo Ministério do Interior e ao desejo manifestado pela mesma. Câmara Municipal que deseja saber a opinião da Secção, para deliberar se de facto deve adoptar o projecto em questão.

Lisboa, 20 de Junho de 1932.

adornellas

Affonso de Dornellas.

(Texto adaptado à grafia actual)

Fonte: Processo do Município de Sousel (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/SSL/UI0021/00228).

Ligação para a página oficial do município de Sousel

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