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Segunda ordenação heráldica do brasão e bandeira
Estabelecida em reunião de Assembleia Municipal, em 27/12/1985
Publicada no Diário da República n.º 31 e n.º 127, 3.ª Série, Parte A de 06/02/1986 e 04/06/1986
Armas - De prata, com um castelo de púrpura aberto e iluminado do campo. Em chefe, 5 escudetes das quinas de Portugal, acompanhados por 2 ramos de sobreiro, folhados e landados de verde. Em contrachefe, uma faixa ondada de azul. Coroa mural de prata de 4 torres. Listel branco com a palavra " Arronches " a negro.


Bandeira - Esquartelada de prata e púrpura. Cordões e borlas de prata e púrpura. Haste e lança de ouro.


Primeira ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de 03/11/1937
Estabelecida pela Comissão Administrativa Municipal, em 02/11/1939
Portaria do Ministério do Interior de 20/12/1957,
publicada no Diário do Governo n.º 301, 2.ª Série de 27/12/1957
Armas - De prata, com um castelo de púrpura aberto e iluminado do campo. Em chefe, as quinas de Portugal, acompanhados por dois ramos de sobreiro, folhados e landados de verde. Em contrachefe, uma faixa ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a palavra «Arronches», de negro.


Bandeira - De púrpura, cordões e borlas de prata e púrpura. Haste e lança douradas.


Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 3 de Novembro de 1937.
Desejando a Câmara Municipal de Arronches que as suas armas, bandeira e selo sejam estudados, dirigiu-se à Associação dos Arqueólogos Portugueses para esse fim, informando que a antiga bandeira era vermelha com uma imagem de S. João e que por estar muito deteriorada foi em 1894, feita nova bandeira que era branca tendo numa face as armas nacionais e na outra um castelo em campo de púrpura. Informa ainda que em 1910 foi a bandeira branca tinta para verde rubro, sendo suprimida a coroa real.
Na frente do edifício dos Paços do Concelho existe uma lápide tendo um castelo encimado pelas armas nacionais, datada de 1647, havendo superiormente a essa lapide, uma esfera armilar.
Arronches fica próximo da fronteira sendo portanto interessante que nas suas armas figurem as quinas de Portugal.Como em Portugal existem muitos castelos, existem também muitos municípios que os incluem nas suas armas, sendo por isso vantajoso que nas mesmas armas figurem outras peças que as distingam de outras em que a figura principal é um castelo.
Arronches tem uma vida histórica interessante, já pelas importantes mercês que teve para os seus habitantes, já porque factos da história de Portugal ali se deram, como o de ter D. Afonso V celebrado ali cortes, reunido o seu exército para entrar em Castela, dando-se a batalha de Toro.
Foi em Arronches que o Príncipe D. João, depois II de nome, prestou juramento como Regente do Reino.
Pertenceu Arronches a Santa Cruz de Coimbra, depois pertenceu ao Bispo de Portalegre.Os seus alcaides mores foram Marqueses de Arronches, Duques de Lafões. Enfim, será interessante que nas armas de Arronches existam demonstrações da sua grandeza histórica e da sua riqueza natural.
Portanto, propomos que as armas, bandeira e selo da vila de Arronches sejam ordenadas da seguinte maneira:
ARMAS – De prata, com um castelo de púrpura aberto e iluminado do campo. Em chefe as quinas de Portugal acompanhadas por dois ramos de bolotas de verde sustidos e folhados do mesmo esmalte. Em contra-chefe, uma faixa ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres “Vila de Arronches” de negro.
BANDEIRA – De púrpura. Cordões e borlas de prata e de púrpura. Haste e lança douradas. –
SELO – Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro dos círculos concêntricos, os dizeres “Câmara Municipal de Arronches”. –
Como a peça principal das armas, o castelo, é de púrpura, a bandeira é desta cor. Quando destinada a cortejos e outras cerimónias a bandeira é de seda e bordada e terá a área de um metro quadrado. Quando é para arvorar, é de filel e terá as dimensões julgadas necessárias, podendo deixar de incluir e representação das armas.
É indicada a prata para o campo das armas por este metal na heráldica significar humildade e riqueza. A púrpura que esmalta o castelo simboliza a opulência, a grandeza e a mais alta significação de soberania.
As quinas e a faixa são de azul, esmalte que denota zelo, caridade e lealdade.
O verde dos ramos de bolotas significa fé e esperança. Estas bolotas representam riqueza regional.
A faixa ondada representa os Rios Caia e Alegrete que tornam fértil a região.
Com estas figuras e com estes esmaltes ficará bem representada a história da região bem como a índole dos seus naturais.
Se a Câmara Municipal concordar com este parecer, deverá transcrever na acta a descrição detalhada das armas, bandeira e selo, e enviar ao Senhor Governador Civil uma cópia autenticada da mesma acta, juntamente com os desenhos rigorosos da bandeira e do selo, pedindo-lhe para remeter esses elementos à Direcção Geral de Administração Política e Civil do Ministério do Interior, para, no caso do Senhor. Ministro concordar, ser publicada a respectiva portaria.
Lisboa, Setembro de 1937.

Affonso de Dornellas.
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: Processo do Município de Arronches (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/CH/ARR/UI0021/00215).
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