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Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de
17/02/1937
Aprovado pelo Ministro do Interior em 11/06/1937
Portaria n.º 8734, do Ministério do Interior,
publicada no Diário do Governo n.º 134, 1.ª Série de
11/06/1937
Armas - De prata, com uma cruz de S. Jorge de vermelho, firmada nos bordos, carregada pela imagem de Nossa Senhora da Vitória com um menino ao colo, vestidos de azul com mantos de prata e resplendores de ouro. A cruz acantonada por duas cruzes da Milícia de Aviz de verde e por duas cruzes de timbre de Nuno Álvares de vermelho. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: "Vila da Batalha " de negro.


Bandeira - De vermelho. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança douradas.

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Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas á comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 17 de Fevereiro de 1937.
A Câmara Municipal da Batalha, tendo recebido o parecer aprovado por esta Comissão em 20 de Dezembro de 1935, insistiu para que nas respectivas armas figure a Imagem de Nossa Senhora da Victória, por assim o aconselhar a tradição, a história da Vila e o desejo dos seus naturais.
A Comissão de Heráldica, atendendo a esse desejo, não vê inconveniente em dar outra disposição ás mesmas armas, de forma a incluir-se a referida Imagem que, por outras circunstâncias, figura já há muito na heráldica portuguesa de domínio.
E assim, propõe que a ordenação simbólica da Vila da Batalha seja a seguinte:
ARMAS - De prata, com uma cruz de S. Jorge de vermelho firmada nos bordos, carregada pela Imagem de Nossa Senhora da Vitória com um menino ao colo, vestidos de azul com mantos de prata e resplendores de ouro. A Cruz acantonada por duas cruzes da Milícia de Avis de verde e por duas cruzes do timbre de Nuno Alvares, de vermelho. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres "Vila da Batalha" de negro. -
BANDEIRA - Vermelha. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança douradas.
SELO - circular tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes, tendo em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: "Câmara Municipal da Batalha".
A significação dos diferentes esmaltes já ficou descrita no referido parecer de 20 de Dezembro de 1935.
Se a Câmara Municipal da Batalha concordar com este parecer, deverá transcrever na acta a descrição das Armas, Bandeira e selo, como acima fica dito, para enviar uma cópia autenticada, juntamente com os desenhos rigorosos da bandeira e do selo, ao Sr. Governador Civil, pedindo-lhe para remeter esses elementos à Direcção Geral de Administração Política e Civil do Ministério do Interior para, no caso do Sr. Ministro aprovar, ser publicada a respectiva portaria.
Lisboa, Fevereiro de 1937.

Affonso de Dornellas.
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: Processo do Município da Batalha (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/CH/BTL/UI0017/00167).
Informação gentilmente cedida pela Câmara Municipal da Batalha

Segunda proposta de ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses de
20/12/1935
Não adoptada pelo município.
Armas - De prata, com uma cruz de vermelho firmada nos flancos, acantonada por quatro quinas de Portugal antigo e carregada por uma cruz florenciada de prata e esta carregada por outra também florenciada de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres "Vila da Batalha" de negro.


Bandeira - De vermelho. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança douradas.

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Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 20 de Dezembro de 1935.
Em ofício de 15 de Março de 1930, a Câmara Municipal da Vila da Batalha solicitou da Associação dos Arqueólogos Portugueses que lhe fossem estudadas as suas Armas, Bandeira e Selo.
Nas obras que descrevem a história das povoações portuguesas,não encontro armas que caracterizem a Vila da Batalha.
Nas referências enviadas pela Câmara Municipal respectiva, vem a cópia de uma carta do Director dos Arquivos de Leiria, Sr. Tito de Sousa Larcher, que diz existir no Arquivo Distrital um ofício datado de 24 de Setembro de 1858, dirigido ao Vigário da Vila, dizendo que as armas municipais constavam da Imagem de Nª. Senhora da Conceição, tendo à direita as Armas Nacionais e à esquerda as Armas dos Duques de Bragança. Diz o mesmo senhor que existem ali documentos com este selo, até 1909, sendo de opinião que a Imagem é de Nossa Senhora da Victória, padroeira do Mosteiro e não Nossa Senhora da Conceição.
Não sou desta opinião.
No selo do Mosteiro é que existiria a Imagem de Nª. Srª. da Victória sem ser acompanhada, pelo menos, das Armas dos Duques de Bragança.
Quando da restauração da Independência Nacional, em 1 de Dezembro de 1640, considerada Nª. Senhora da Conceição a Padroeira do Reino, por toda a parte se esculpiram lapides e se prestaram homenagens ao facto. É muito natural que a Vila da Batalha, que devia a sua existência à batalha que afirmou a Independência de Portugal no Século XIV, assumisse na ocasião da Independência, em 1640, um selo com a Padroeira, com as Armas Nacionais e com as Armas de D. João, Duque de Bragança que foi aclamado Rei, IV do nome. Foram umas armas assumidas comemorando um facto que nada tinha com a história privativa da Vila da Batalha.
As Armas desta Vila devem representar bem nitidamente o grande feito que com tanto brado e justa fama encherá eternamente a História de Portugal e que deu razão à existência da Vila.
Em campo bem português, os portugueses firmaram com a maior heroicidade a Independência Nacional. Para tais circunstâncias devemos chamar tudo quanto a heráldica tenha de honroso e elevado para simbolizar a Vila da Victória, como lhe chamou o Rei D. Manuel I quando elevou a povoação que se tinha formado em volta do Mosteiro de Nossa Senhora da Victória, à categoria de Vila.
Com o grito de S. Jorge, conseguiram os portugueses fazer calar o grito de Santiago que os castelhanos bradavam no início do encontro.
Deve por isso figurar a Cruz de S. Jorge nas armas da Batalha, como era costume figurar nas bandeiras, brasões e escudos.
Nun’Alvares, o grande Condestável, conseguiu com o seu esforço e o dos seus guerreiros, levar o inimigo de vencida; portanto, a sua cruz florenciada de prata, deve também figurar nas mesmas armas.
D. João I, o Mestre de Avis e os Cavaleiros da mesma Ordem, conseguiram livrar Portugal do jugo estrangeiro. Deve pois figurar também, nas armas de domínio da Vila da Batalha, a Cruz de Avis que D. João I acrescentou nas Armas Reais.
O resto do Campo das Armas deve ficar ocupado pelas quinas de Portugal antigo.
Nesta conformidade, as armas, bandeira e selo da Vila da Batalha, devem ser assim ordenadas:
ARMAS - De prata, com uma cruz de vermelho firmada nos flancos, acantonada por quatro quinas de Portugal antigo e carregada por uma cruz florenciada de prata e esta carregada por outra também florenciada de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres "Vila da Batalha" de negro. -
BANDEIRA - Vermelha. Cordões e borlas de prata e de vermelho. Haste e lança douradas.
SELO - circular tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes, tendo em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: "Câmara Municipal da Batalha".
Como a Cruz vermelha de São Jorge, grito de Guerra Português, de vermelho, a bandeira é desta cor. Quando destinada a cerimónias ou cortejos, a bandeira é de seda e bordada, devendo ter a área de um metro quadrado. Quando se destina a arvorar, é de filel, tendo as dimensões julgadas convenientes, podendo dispensar as armas.
A prata do campo das armas e da cruz de Nun'Alvares, é o metal que heraldicamente significa humildade e riqueza.
O verde da Cruz de Avis, é o esmalte que significa esperança e fé.
O azul das quinas é o esmalte que heraldicamente denota zelo, lealdade e caridade.
O vermelho da Cruz de S. Jorge significa guerras, victórias, ardis, audácia e vida.
E assim, a história notável da fundação da Vila da Batalha, fica bem representada nestas peças e nos respectivos esmaltes que são os próprios.
Se a Câmara Municipal concordar com este parecer, deverá transcrever na acta a descrição das armas, bandeira e selo, para enviar ao Sr. Governador Civil uma cópia autenticada, juntamente com os desenhos rigorosos da bandeira e selo, pedindo-lhe para remeter esses elementos à Direcção Geral de Administração Política e Civil do Ministério do Interior, para, no caso do Sr. Ministro aprovar, ser publicada a respectiva portaria.
Sintra, Setembro de 1935.

Affonso de Dornellas.
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: Processo do Município da Batalha (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/CH/BTL/UI0017/00167).

Primeira proposta de ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o
parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 20/12/1935
Não adoptada pelo município.
Armas - De ouro, semeadas de quinas de Portugal antigo, com um leão vermelho rampante, armado e linguado de azul, empunhando com ambas as mãos uma espada de negro. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco com os dizeres "Vila da Batalha" a negro.


Bandeira - De vermelho. Cordões e borlas de vermelho e de azul. Haste e lança douradas.*

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Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de ?? de ?? de 1934.
Em ofício de 15 de Março de 1930, a Câmara Municipal da Vila da Batalha solicitou da Associação dos Arqueólogos Portugueses que lhe fossem estudadas as suas Armas, Bandeira e Selo.
Não encontro armas que caracterizem a Vila da Batalha, nas obras existentes que descrevem a história das povoações portuguesas.
Nas referências enviadas pela Câmara Municipal respectiva, vem a cópia de uma carta do Director dos Arquivos de Leiria, Sr. Tito de Sousa Larcher, que diz existir no Arquivo Distrital um ofício datado de 24 de Setembro de 1858, dirigido ao Vigário da Vila, dizendo que as armas municipais constavam da Imagem de Nossa Senhora da Conceição, tendo à direita as Armas Nacionais e à esquerda as Armas dos Duques de Bragança. Diz o mesmo senhor que existem ali documentos com este selo, até 1909, sendo de opinião que a Imagem é de Nossa Senhora da Victória, padroeira do Mosteiro e não Nossa Senhora da Conceição.
Não sou desta opinião.
No selo do Mosteiro é que existiria a Imagem de Nossa Senhora da Victória sem ser acompanhada, pelo menos, das Armas dos Duques de Bragança.
Quando da restauração da Independência Nacional, em 1 de Dezembro de 1640, considerada Nossa Senhora da Conceição a Padroeira do Reino, por toda a parte se esculpiram lapides e se prestaram homenagens ao facto. É muito natural que a Vila da Batalha, que devia a sua existência à batalha que afirmou a Independência de Portugal no Século XIV, assumisse na ocasião da Independência, em 1640, um selo com a Padroeira, com as Armas Nacionais e com as Armas de D. João, Duque de Bragança que foi aclamado Rei, IV do nome. Foram umas armas assumidas comemorando um facto que nada tinha com a história privativa da Vila da Batalha.
As Armas desta Vila devem representar bem nitidamente o grande feito que com tanto brado e justa fama encherá eternamente a História de Portugal e que deu razão à existência da Vila.
Em campo bem português, os portugueses firmaram com a maior heroicidade a Independência Nacional. Para tais circunstâncias devemos chamar tudo quanto a heráldica tenha de honroso e elevado para simbolizar a Vila da Victória, como lhe chamou o Rei D. Manuel I quando elevou a povoação que se tinha formado em volta do Mosteiro de Nossa Senhora da Victória, à categoria de Vila.
Nestas circunstâncias parece-nos que as Armas, a bandeira e selo da Vila da Batalha, devem ser assim simbolizadas:
ARMAS - De ouro, semeadas de quinas de Portugal antigo, com um leão vermelho rampante, armado e linguado de azul, empunhando com ambas as mãos uma espada de negro. Coroa mural de quatro torres de prata. Listel branco com os dizeres "Vila da Batalha" a negro. -
BANDEIRA - Vermelha. Cordões e borlas de vermelho e de azul. Haste e lança douradas.
SELO - circular tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes, tendo em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: "Câmara Municipal da Batalha".
Como a peça principal das armas é de vermelho, a bandeira é desta cor. Quando destinada a cerimónias ou a cortejos, a bandeira é de seda bordada, tendo a área de um metro quadrado.
Foi indicado o ouro para o campo, por ser este o metal mais rico na heráldica e significa nobreza, fé, fidelidade, constância, poder e liberalidade.
As quinas semeando o campo das Armas, significam que o campo da batalha era português e português continuou a ser.
O leão rampante, representando a valentia, a heroicidade e a expectativa em que fica de continuar a defender o torrão natal, é de vermelho, esmalte que na heráldica significa victórias, ardis, guerra, força, vida e audácia. Este leão é armado e linguado de azul, porque esta cor, que esmalta também as quinas que semeiam o campo, simboliza o zelo e a lealdade.
A espada de negro que o leão empunha, tem este esmalte que representa a terra e simboliza a firmeza, a obediência e a honestidade.
E assim, a Vila da Batalha fica simbolizada em todo o brilho da sua história admirável.
No caso de a Câmara Municipal da Batalha concordar com este parecer, deverá transcrever na acta respectiva, a descrição das Armas, bandeira e selo, enviando uma cópia autenticada dessa acta ao Sr. Governador Civil com o pedido de a remeter à Direcção Geral da Administração Política e Civil do Ministério do Interior para, no caso do Sr. Ministro concordar, ser publicada a respectiva portaria.
Sintra, Setembro de 1934.
[Affonso de Dornellas].
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: Processo do Município da Batalha (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/CH/BTL/UI0017/00167).

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