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Freguesias - Civil parishes
• Alvito • Vila Nova da Baronia •

Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Segundo o
parecer da Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses de 30/10/1937
Aprovado pelo Ministro do Interior em 02/05/1938
Portaria n.º 8995, do
Ministério do Interior,
publicado no
Diário do Governo n.º 100, 1.ª Série de
02/05/1938
rmas - De prata, com um castelo composto de um pano de muralha ladeado por duas torres circulares de azul, aberto e iluminado do campo. Em chefe, um ramo de oliveira e um ramo de azinheira, ambos de verde frutados de negro, cruzados em ponta e atados de vermelho. Em contrachefe, duas faxas ondadas de azul entre um arco de ponte de negro realçado de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres "Vila de Alvito", de negro.


Bandeira - De azul. Cordões e borlas de prata e de azul. Haste e lança douradas.

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Transcrição do parecer
Parecer apresentado por Affonso de Dornellas à Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses e aprovado em sessão de 30 de Outubro de 1937
A Câmara Municipal do Alvito manifestou o desejo de que lhe fossem estudadas as suas armas, pois não sabe quais as que de facto simbolizam a vida e história da Vila, se umas que têm duas árvores sobre uma ponte e no chefe as quinas de Portugal, se outra que têm um toiro acompanhado por duas árvores.
As primeiras, diz que fazem referência a uma ponte que ali existe sobre o Rio Odivelas, e, para justificar as segundas, conta-se uma história de um toiro que fugiu e que pela pessoa que o achou foram pedidas alvissaras ou que gritou “Alvitre” e daqui veio o nome à terra.
Se assim tivesse sido, quantos touros teriam sido achados por todo o país, visto haver diferentes povoações com o mesmo nome, e até há uma cidade italiana chamada Alvito.
Já no Século XI existia São Alvito, natural da Galiza, mas é mais natural que o nome se relacione com o mineral denominado “alvita” visto que na Vila de Alvito existem minas de ferro e de outros metais.
Enfim, vamos tratar da simbologia de Alvito, começando por pôr de parte a história do touro porque não se justifica.
As outras armas têm um arco da ponte que é um monumento de importância económica e que achamos que deve ser adoptado assim como o castelo deve figurar.
Castelo de facto ou solar fortificado, é sem dúvida um monumento singular em Portugal pelo seu aspecto interessante e que merece ser incluído na heráldica de domínio, pelo que proponho que faça parte das armas da terra, não com o aspecto de castelo heráldico, mas com um aspecto que lembre o curioso edifício.
Alvito tem Foral desde o reinado de D. Dinis, portanto, do Século XIV, dizendo a história que foi D. João II que construiu o castelo em 1484, que depois foi dado a João Fernandes da Silveira, 1.º Barão de Alvito e progenitor dos Condes de Oriola e Marqueses de Alvito.
A riqueza local é a agricultura, em que se salientam as oliveiras, azinheiras, sobreiros, etc..
Com estes elementos, somos pois de parecer que as armas, bandeira e selo da Vila de Alvito devem ter a seguinte ordenação:
ARMAS - De prata, com um castelo composto de um pano de muralha ladeado por duas torres circulares de azul, aberto e iluminado do campo. Em chefe, um ramo de oliveira e um ramo de azinheira, ambos de verde frutados de negro, cruzados em ponta e atados de vermelho. Em contrachefe, duas faixas ondadas de azul entre um arco de ponte de negro realçado de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres, “Vila de Alvito” de negro.
BANDEIRA – Azul. Cordões e borlas de prata e de azul. Haste e lança douradas.
SELO - Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres “Câmara Municipal de Alvito”. –
Como as peças principais das armas, o castelo e a água são de azul, a bandeira é desta cor. Quando destinada a cortejos e cerimónias, a bandeira tem a área de um metro quadrado e é de seda e bordada. Quando destinada a arvorar, é de filel e terá as dimensões julgadas necessárias, podendo deixar de ter as armas.
A prata indicada para o campo das armas é o metal que na heráldica significa humildade e riqueza. O castelo é de azul, por ser o esmalte que simboliza zelo, caridade e lealdade. Os rios, conforme determina a heráldica, são representados por faixas ondadas de prata e de azul. Os ramos de oliveira e de azinheira, representando a riqueza agrícola local, são de verde, esmalte que significa esperança e fé. O frutado e a ponte são de negro, esmalte que simboliza a terra e significa firmeza e honestidade. O vermelho do atado, significa força, energia e actividade.
Com estas peças e estes esmaltes parece ficarem vem representados os valores regionais e a índole dos seus naturais.
Se a Câmara Municipal de Alvito concordar com este parecer, deverá transcrever na acta a descrição detalhada das armas, bandeira e selo, e enviar ao Sr. Governador Civil uma cópia autenticada dessa acta, juntamente com os desenhos rigorosos da bandeira e do selo, pedindo-lhe para remeter esses elementos à Direcção Geral de Administração Política e Civil do Ministério do Interior, para, no caso do Sr. Ministro concordar, ser publicada a respectiva portaria.
Lisboa, Setembro de 1937.

Affonso de Dornellas.
(Texto adaptado à grafia actual)
Fonte: Processo do Município de Alvito (arquivo digital da AAP, acervo “Fundo Comissão de Heráldica”, código referência PT/AAP/CH/AVT/UI0005/00044).
Ligação para a página oficial do município de Alvito

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